MINISTRO DE LOUVOR

*Sugerimos que voce faça essse estudo acompanhando todas as referencias Biblicas descritas no texto para uma melhor compreensão e aprendizado.

 

MINISTRO DE LOUVOR 

DUAS PRÁTICAS DE GRANDE VALOR

LOUVOR E ADORAÇÃO A PRÁTICA DO LOUVOR

Que valor tem a prática do Louvor, (que não é "cantar na igreja") para você, pessoalmente? O que ela faz? Como se desenvolve essa prática? É isso que desejamos mostrar-lhe neste ensinamento. Vamos ler Salmo 146:1-10: "Aleluia! Louva, ó minha alma, ao Senhor. Louvarei ao Senhor durante a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus, enquanto eu viver. Não confieis em príncipes nem nos filhos dos homens, em quem não há salvação. Sai-lhes o espírito e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia perecem todos os seus desígnios. Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, cuja esperança está no Senhor seu Deus..." Você já parou para pensar por que Deus sempre se fez lembrar como sendo o Deus de Abraão, Isaque e Jacó (o homem torto, enganador), e não de Abraão, Isaque e Israel (Príncipe de Deus)? Mesmo sabendo o pior está em mim, Deus me amou assim mesmo. Que glória! Verdadeiramente, "bem-aventurado (totalmente feliz e plenamente realizado) é aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio", pois Ele transforma cada "Jacó" que nEle confia num "Israel". Deus, por Sua Palavra e na Sua graça, transforma você de pecador para santo. Continuemos a leitura: "...cuja esperança está no Senhor seu Deus, que fez os céus e a Terra, o mar e tudo o que neles há, e mantém para sempre a Sua fidelidade..." O Seu Deus nunca se esquecerá de você, jamais abandonará você; Ele manterá para sempre a Sua fidelidade a você. "Que faz justiça aos oprimidos, e dá pão aos que têm fome. O Senhor liberta os encarcerados..." Observe atentamente que "O Senhor liberta os encarcerados". Tenho muita pena das pessoas que passam dias chorando (segundo a doutrina de "libertação" que está por aí), mas ficam do mesmo jeito. Há algo errado. O nosso Deus liberta, meu irmão, e isso se dá através da prática que vamos mostrar-lhe neste ensinamento. "O Senhor abre os olhos aos cegos, o Senhor levanta os abatidos, o Senhor ama os justos. O Senhor guarda o peregrino, ampara o órfão e a viúva..." Se você é viúva, saiba que Deus é o seu marido, se você é órfão, Deus é o seu pai. Ele não simplesmente prometeu ser, Ele é isso para você, tendo você consciência disso ou não. Irmã viúva, Ele não prometeu ser o seu "marido", Ele É o seu marido. Órfão, Ele não prometeu ser o seu "pai", Deus É o seu pai (Veja Salmo 68:5), e Ele defende você dia e noite. Um dos maiores problemas da "igreja" é ficar olhando para o passado ou para o futuro, e esquecendo que Deus é muito presente. Ficamos num abismo de incertezas entre o passado e o futuro sem conhecermos o Deus do presente momento. Preste atenção às palavras grifadas nas citações acima e entenda que é isso que Deus faz; essas "ações" são a expressão da fidelidade de Seu Deus a você no presente. Louvo a Deus por tudo o que Ele é para mim, no dia de hoje. "...porém (Ele) transtorna o caminho dos ímpios." (v.9) Se você rejeitar esse Deus; se você recusar-se a aceitar a Sua graça, saiba, nada dará certo em sua vida. E você sabe por quê? Porque você está andando (vivendo) numa mentira que destrói. "O Senhor reina para sempre; o teu Deus, ó Sião, reina de geração em geração" (v.10). Não importa como vão piorando as coisas século após século, o nosso Deus "reina para sempre" - "de geração em geração". O Salmo 146 é uma ótima base para o louvor em todos os aspectos, mas há uma frase que vou ilustrar para vocês agora: "O Senhor liberta os encarcerados". Uma irmã me disse: Irmão, sei que eu fui curada, mas de quando em quando voltam os sintomas e eu fico em dúvidas. O que posso fazer? Quando isso acontece, você têm duas alternativas: 1) Você pode atentar para os sintomas e sucumbir à situação (ser vencido pelo diabo) ou 2) Você pode resistir ao diabo e viver. E como é que você e eu resistimos? Dando louvores e graças a Deus por aquilo que Ele já fez por nós, e também "ensinando" ao diabo a Verdade de Deus a respeito da nossa real situação. E o que acontecerá? Satanás fugirá, pois ele não tolera a Verdade (Veja Mateus 4:1-11 a respeito de como Jesus resistiu a Satanás). As duas ações para a vitória são o louvor, agradecendo a Deus, e o resistir a Satanás. Quando você resiste a Satanás, ele tem de fugir, ele não tem opção. Para ver como o louvor funciona na prática, e como Deus "liberta os encarcerados", observe comigo Atos 16:19-28. Sei que todos vocês sabem desse acontecimento e como Paulo e Silas se achavam encarcerados com pés e mãos presos ao tronco dentro do cárcere interior daquela cidade. O que foi que aconteceu quando Paulo e Silas levantaram a voz em oração e louvores a Deus? O que pode você esperar, se você, no meio de uma circunstância esmagadora, abre a sua boca e começa a louvar e agradecer a Deus pelo que Ele é? Quando você procede assim, aquilo que você não tem, terá, aquilo que você necessita, você receberá. E ainda que o trecho em Atos 16 não nos diga quais eram os louvores de Paulo e Silas, podemos saber o que disseram em razão daquilo que aconteceu. Os dois servos de Deus foram enviados pelo Espírito para pregar o Evangelho em toda a região da Macedônia, mas Satanás levantou-se contra eles para os impedir. Então, achando-se presos e impedidos de cumprir a sua missão, Paulo e Silas agradeceram e louvaram a Deus pela liberdade de pregar o Evangelho. Como podemos saber isso? Em razão do terremoto que Deus enviou, libertando-os completamente. É impossível você louvar a Deus por algo e aquilo não acontecer. Sabe por quê? Porque Deus habita ou como se diz é "entronizado" entre os louvores de Israel (Veja Salmo 22:3). Quando você louva a Deus, Ele se faz presente na sua circunstância e tudo tem de se submeter a Ele. Na presença do Senhor, é impossível alguém ficar preso ou oprimido e assim, todo o cárcere foi abalado, e Paulo e Silas foram libertos. "Deus (sempre) liberta os encarcerados". Agora observe Isaías 61:1-3, e consideremos a prática do louvor de outra maneira: "O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu, para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos, e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do Senhor... e a pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria em vez de pranto, veste de louvor em vez de espírito angustiado..." Observe a frase grifada acima: "veste de louvor em vez de espírito angustiado". Está vendo a providência de Deus para você na hora da angústia? Ele lhe deu uma "veste de louvor", e cabe a você usá-la. O apóstolo Tiago fala nesse teor em relação às "várias provações" em nossa vida. Vamos ler o que o apóstolo disse: "Meus irmãos, tende por motivo de toda a alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes" - Tiago 1:2-4. Deus deseja que sejamos "perfeitos, íntegros e em nada deficientes", mas como é que Ele pode nos levar a isso? Pela perseverança na Verdade. E como podemos "perseverar"? Vestindo-nos da veste de louvor, ao invés de ficarmos sofrendo com o espírito angustiado. Quando vem a provação, Satanás procura pressionar você de todos os lados e você não sabe o que fazer. Aprenda a entrar na vitória, irmão. De que maneira? Vestindo-se da veste de louvor, como fizeram Paulo e Silas no cárcere. Meu irmão, há recurso para você em toda circunstância. Qual é? A prática do louvor a Deus. Quando você louva a Deus, o Todo-poderoso desce na sua circunstância, entronizando-Se nos seus louvores, e saiba, meu irmão, não há "cárcere" que Lhe resista. Salmo 46:1 e 10 nos diz: "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. Portanto não temeremos ainda que a Terra se transtorne, e os montes se abalem no seio dos mares... Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus..." Sabe qual é a melhor maneira de "aquietar-se"? Louvando e agradecendo a Deus por Sua Bondade. Sabe como "acalmar" o seu espírito angustiado? Vestindo-se da veste de louvor. Ponha isso em prática, meu irmão, e você terá libertações e vitórias como você jamais imaginou serem possíveis (Veja 2 Crônicas 20:13-30). Louvar a Deus é um ato muitíssimo simples, mas de imenso valor para você. A primeira ação de Satanás contra você é procurar fazer com que você permaneça "na alma" (abalado emocionalmente) de tal maneira que o seu espírito fique angustiado. Mas você pode sempre inverter a situação, fortalecendo o seu espírito através do louvor, de modo que as suas emoções não tenham vez. Saiba, meu irmão, que através do louvor você "traz" Deus para dentro da sua situação, e Ele "dissipa" tudo o que o oprime. Quando você nasceu em Cristo Jesus você viveu o seu primeiro "dia" da eternidade. Você precisa entender que toda a operação do Espírito Santo em sua vida tem por objetivo desenvolver em você os valores eternos, ou seja, os valores que vão perdurar em você para todo o sempre: a Verdade, a Luz, a Paz, a Alegria no Espírito Santo e muitos outros valores espirituais. Ora, é preciso você entender que esses valores não têm nenhum relacionamento com as circunstâncias, e se você aprender a viver "fora das circunstâncias" esses valores se desenvolverão cada vez mais em você. Na parte da manhã de hoje, procurei mostrar a você o valor da prática de Louvor, e como ela funciona para você, mas agora à noite, vamos considerar a outra prática, que é a adoração.

A PRÁTICA DA ADORAÇÃO

Pedi a vocês repetirem uma frase, estão lembrando? A verdade de Deus tem de ser vivida. Quero tanto que vocês se conscientizem disso. Meu irmão, se você não dedicar tempo a Deus (passar tempos a sós com Ele) você jamais saberá o que Ele pode fazer em sua vida. É imprescindível você ficar muito na presença de Deus, orando no Espírito e meditando na Palavra. Não importa qual a postura física, você pode orar em pé, deitado, ajoelhado, andando... não importa, o importante é a "postura" do seu coração. Vamos abrir as nossas Bíblias em Isaías 29:9-13. Quero que você observe principalmente: "...Toda a visão já se vos tornou como as palavras dum livro selado que se dá ao que sabe ler dizendo: Lê isto, peço-te; e ele responde: Não posso porque está selado; e dá-se o livro ao que não sabe ler, dizendo: Lê isto, peço-te; e ele responde: Não sei ler. O Senhor disse: ...este povo se Aproxima de mim, e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens que maquinalmente aprendeu" (V.11-13). Como acho expressiva essa palavra "maquinalmente"! Será quem inventou essa "máquina" que faz com que os homens "falem" em Deus, mas não vivam em Deus, isto é, faz com que tenham um palavreado todo apropriado, mas é só da boca pra fora? O pior disso tudo é que o maligno, que "inventou" esses procedimentos perniciosos, conseguiu adeptos na "igreja" que ensinam essas coisas e demais. E Deus diz, na citação acima, que essa condição faz com que o livro (a Palavra de Deus) fique como que "selado", ou seja, que a pessoa não consegue lê-lo, porque não sabe ler. O que acontece? Infelizmente encontramos com milhares de pessoas que têm o "livro", mas não o entendem em razão de sua forma religiosa de ser. Honram a Deus com a boca, mas o coração está longe de Deus. Tudo o que ensinamos tem por objetivo fazer com que você possa confessar com a boca aquilo em que o coração crê. Já falamos um pouco a respeito de Romanos 10:10, mas eu não concluí as minhas observações. Veja: "Porque com o coração se crê para Justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação". A frase: "a respeito da salvação" é muito interessante porque o texto na língua original exprime que o "confessar na boca" tem o efeito de fazer com que você passe de onde você está para uma situação totalmente outra, ou seja, da derrota para a vitória, da perdição para a salvação. Quando você confessa o que Deus diz, é impossível você permanecer como era. A confissão da Verdade sempre efetua mudanças em sua vida. Mas lembre-se, meu irmão, de que é preciso "perseverar" na confissão para chegar à plena vitória. Quando você confessa a sua fé é como embarcar num ônibus, pois você chegará inevitavelmente à vitória.

COMO SER PRÓSPERO

Precisamos dar-lhe uma pequena explicação a respeito da prosperidade. Você somente será próspero de verdade quando o dinheiro não tiver nenhum valor para você. E como pode ser isso? Sei que você pensa que falamos bobagens, mas vou explicar. Observe comigo Gênesis 39:1,2: "José foi levado ao Egito, e Potifar, oficial de Faraó, comandante da guarda, egípcio, comprou-o (como escravo) dos ismaelitas que o tinham levado para lá. O Senhor era com José que veio a ser homem próspero..." Está vendo? O que você precisa em sua vida, meu irmão, não é de "dinheiro" e sim, de Deus. Quando Deus está com você, você é próspero de verdade e não tem falta em área alguma de sua vida. Observe agora I Coríntios 2:6-12, pois vamos concluir o que iniciamos com as citações de Isaías 29. Observe: "...(não) expomos... a sabedoria deste século, nem a dos poderosos desta época, que se reduzem a nada, mas falamos a sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta... sabedoria essa que nenhum dos poderosos deste século conheceu..." (v. 6-8) Tudo o que estudei, tudo o que aprendi da sabedoria do mundo, nas universidades, em nada ajudou o meu relacionamento com Deus. Nada da sabedoria deste mundo pode ajudar a sua vida espiritual. Para Ter a sabedoria de Deus, jovem, é preciso ingressar na "Universidade do Espírito". O entendimento da Verdade de Deus não vem pelo estudo e sim pela revelação direta do Espírito Santo. Aquele que foi enviado para nos ensinar toda a Verdade. Por isso Paulo disse que "falamos a sabedoria de Deus em mistério" (v.7), ou seja, essa sabedoria vem a nós através da oração em línguas (Veja I Cor. 14:2). E como podemos dizer isto? Observe como continua o apóstolo Paulo: "Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam. Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito..." (v. 9,10). Ao falar-nos das coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouviram etc, o apóstolo não está se referindo a algo no futuro, ao chegarmos ao Céu. É claro que o Céu faz parte disso. Mas ele está falando de tudo o que Deus já preparou para você em Jesus Cristo. A vida que Deus já preparou para você viver aqui, agora, na Terra (no Reino de Deus) é muito maior e muito mais gloriosa do que você imagina. E como se pode chegar a "entender" isso? Pela revelação do Espírito Santo. Deus "revela-nos" essas coisas através da "oração dos mistérios", ou seja, pela oração em línguas. E você ainda duvida da eficácia e importância da oração em línguas? Observe como Paulo continua: "Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e, sim, o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente (em Cristo)" (v.12). Para que foi que recebemos o Espírito que vem de Deus? "Para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente" em Jesus. Veja a frase que grifamos: "foi dado". Toda a operação do Espírito Santo em você é para "glorificar a Jesus" (Veja João 16:14) e você, pois através de Jesus você recebeu tudo gratuitamente, direto do coração do Pai. Mas observe bem, meu irmão: "Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura, e não pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente" (v.14). Atente para a frase grifada na citação acima. Há entre nós pessoas que estão fazendo uma ginástica mental impossível, ou seja, estão procurando entender essas coisas naturalmente. Mas observe que o homem natural não pode entender as coisas do Espírito de Deus. O irmão Bernardo não pode entendê-las através do raciocínio, pelo intelecto. As coisas do Espírito são reveladas pelo Espírito Santo em nosso espírito humano. Fora disso, não há entendimento algum. Por isso se diz em Isaías 29:13 que aquele cujo coração está longe de Deus tem um procedimento "só em mandamentos de homens que maquinalmente aprendeu". Você tem duas alternativas: ou mantém uma tradição religiosa que funciona apenas como uma máquina morta, ou você receber um discernimento espiritual das coisas de Deus, reveladas pelo Espírito Santo através da oração dos mistérios, e viver uma vida real em Deus. Mas vamos voltar a nossa atenção para a prática da adoração, e aprender como ela pode ser benéfica em nossa vida de todo dia. Veja João 4:19-24, e vou comentar alguns versículos apenas: "Vem a hora, e já chegou quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em Verdade, porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores O adorem em espírito e em Verdade" (v. 23,24). Como é lamentável que Deus tenha de "procurar" seus adoradores verdadeiros porque estão em falta aqueles que O adorarão em espírito e em Verdade! Certamente você quer ser um adorador verdadeiro. A recompensa é muito maior do que você é capaz de imaginar. Assim nesta parte quero mostrar-lhe o pouco que sei. Veja, meu irmão: "Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em Verdade" (v. 24). Para eu poder mostrar a você como funciona na prática a adoração, vamos considerar um episódio na vida de Abraão em Gênesis 22:1-5 com Hebreus 11:17-19. Observe o que Abraão disse: "Então disse Abraão a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá, e, havendo adorado voltaremos para junto de vós". (v. 5). Vocês sabem muito bem de que se trata e de como Deus pediu a Abraão que Lhe oferecesse Isaque, mas muitos pensam: Que Deus é esse que faz esse tipo de coisa? Como pode Deus proceder dessa maneira? O que você tem de entender, meu irmão, é que o Seu Deus tem de ser maior que tudo e todos em sua vida. E veja o que Abraão disse aos seus servos na citação acima: "eu e o rapaz... havendo adorado voltaremos para junto de vós". Como tinha ele condições de falar dessa maneira quando sabia que ia oferecer Isaque (imolar seu filho) no altar? Será que Abraão estava "dando um pulo no escuro"? Não! Absolutamente não! Ele sabia exatamente o que ia acontecer. E é isso o que queremos ensinar a você, ou seja, como a prática da adoração conduz você para uma dimensão em Deus (um entendimento) que supera toda circunstância. Jesus disse que os verdadeiros adoradores adoram o Pai em espírito e em Verdade. Abraão não tinha nenhuma condição "natural" para dizer o que disse aos servos, mas ele tinha uma condição "espiritual" para assim falar. E quando ele assim falou ele sabia exatamente o que estava dizendo porque ele ia entrar (através da adoração) na condição em Deus que permitiria que Isaque voltasse com ele, como de fato aconteceu. O que acontecerá com você se você realmente adorar a Deus em espírito? Na reunião da manhã procuramos mostrar a você que se você praticar o louvor, Deus desce (entroniza-Se) nos seus louvores e transforma totalmente a circunstância em que você se acha. Quando você praticar a adoração em espírito e Verdade, porém, é o inverso que acontece, ou seja, quando você entra verdadeiramente em adoração Deus eleva você fora da circunstância ou situação em que você está e o coloca na condição dEle mesmo. E que condição é essa? É a condição de espírito e de Verdade na qual você não "enxerga" a circunstância ou situação naturalmente, mas a "enxerga" como Deus a enxerga. É isso que a prática da adoração verdadeira faz, ou, como disse o apóstolo Paulo, a adoração faz com que você... ("Não atenta nas coisas que se vêem, mas nas que não se vêem". 2 Coríntios 4:18). E como se deu isso no caso de Abraão? Como foi que Abraão viu "as coisas que não se vêem"? Observe atentamente comigo Hebreus 11:17-19: "Pela fé (nada do Espírito e Verdade funciona sem a fé) Abraão, quando posto a prova, Ofereceu Isaque; estava mesmo para Sacrificar o seu unigênito aquele (Abraão) Que acolheu alegremente as promessas, a quem se havia dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, porque (observe porque) considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente o recobrou". A adoração verdadeira faz com que você "considere" as coisas segundo o espírito e a Verdade, ou seja, independente das circunstâncias. O problema para nós é desligarmo-nos das circunstâncias o suficiente para podermos entrar na condição em Deus na qual Ele possa nos fazer enxergar "as coisas que não se vêem". A adoração verdadeira faz isso. Então, como é que se pratica a adoração verdadeira? Não se fala nada, não se canta, nem geme, não se faz espetáculo. Adorara-se a Deus deixando que a Verdade de Deus inunde o seu espírito, e enquanto você contempla o Altíssimo no seu interior, Ele vai assumindo em você a supremacia absoluta e pouco a pouco Ele tem condição para abrir o seu entendimento ( olho espiritual) e você somente vê o seu Deus, e o que Ele é: Soberano absoluto em todo o universo. Durante aqueles três dias no Monte Moriá com Isaque, Abraão deixou que tudo o que Deus lhe dissera com relação ao seu filho fosse enchendo o seu coração. A promessa: "Em Isaque será chamada a tua descendência" (Heb 11:18) foi tomando conta do seu espírito até que ele ficou totalmente consumido pela Verdade no seu espírito, por aquilo que Deus lhe dissera. E o que aconteceu? Ele "considerou" (chegou a entender) que o Deus que não pode mentir é o Deus supremo em tudo (maior que a morte) e "era poderoso até para ressuscitar Isaque dentre os mortos" (Heb 11:19). Foi o primeiro homem a descobrir essa Verdade. Quando você se achar em circunstância adversa, seja ela qual for, se você se aquietar diante de seu Deus em adoração, enchendo o seu espírito com a Verdade que Deus lhe diz, Deus o elevará acima da circunstância e você enxergará tudo como Ele o enxerga. Na prática do louvor, Deus Se faz presente na sua circunstância e a arrebenta, mas na prática da adoração você entra na condição de Deus de modo que a circunstância cede lugar para a supremacia do seu Deus, e você vê somente o eterno. Não ande como o mundo, meu irmão. Não proceda com religiosidade. Pratique o louvor, a adoração, a oração em línguas, a meditação e confissão da Palavra, e você descobrirá, sem dúvida, o que é ser "bem-aventurado" (verdadeiramente feliz e plenamente realizado).

A DINÂMICA DO LOUVOR

Extraído do livro A oração poderosa que prevalece Autor: Wesley L. Duewel Editora: Candeia Capítulo 25 – páginas 169 a 171 Deus predestinou que a nossa vida cristã deve trazer louvor e glória a Ele (Ef 1:5-6). Devemos louvá-lo agora e eternamente (v. 14). Assim sendo, nossos lábios e nosso estilo de vida devem constantemente louvar a Deus. Ele se rejubila em nosso louvor. Devemos começar a Sua adoração com louvor (Sl 100:4; Is 60:18). Devemos louvá-Lo com nossos lábios (Sl 34:1), com cânticos (147:1) e com música (150:3). Devemos vestir-nos de louvor (Is 61:3), e nossas próprias vidas devem louvar a Deus (1 Pe 2:9). O que o louvor tem a ver com a oração que prevalece? O louvor tanto prepara para a oração que prevalece como é em si mesmo um meio sagrado de prevalecer durante a oração.

O LOUVOR DIRIGE NOSSO CORAÇÃO A DEUS

O louvor eleva nosso coração a Deus em adoração, culto e amor. O fato mais importante da oração que prevalece é que ela é feita a Deus. Para que nossa oração tenha valor, precisamos estar supremamente conscientes de Deus. O problema ou necessidade sobre o qual oramos pode parecer imenso, mas devemos ver Deus infinitamente maior, capaz de satisfazer todas as nossas necessidades. O louvor concentra todo o nosso ser em Deus. Hallesby escreve: “Quando agradeço, meus pensamentos ainda giram em redor de mim mesmo, mas no louvor da minha alma ascende em adoração que esquece de si mesma, vendo e louvando apenas a majestade e o poder de Deus, Sua graça e redenção”.

O LOUVOR LIVRA O NOSSO CORAÇÃO DE CUIDADOS, TEMORES E PENSAMENTOS CENTRADOS NA TERRA

Precisamos entrar na presença de Deus e fechar a porta que nos separa do mundo exterior. Para prevalecer eficazmente, devemos esquecer todos os outros deveres, atividades, envolvimentos e preocupações. O louvor fecha a cortina sobre as coisas estranhas. O louvor fecha a porta sobre as idéias intrusas, nossos pensamentos cotidianos e as sugestões satânicas. Ele nos “tranca” com Deus e com os seus anjos.

O LOUVOR PRODUZ E AUMENTA A FÉ

Quanto mais louvamos a Deus, tanto mais nos tornamos conscientes de Deus e absorvidos na Sua grandeza, sabedoria, fidelidade e amor. O louvor lembra-nos de tudo o que Deus pode fazer e das grandes coisas que Ele já fez. A fé vem pela Palavra de Deus e por meio do louvor. A fé cresce à medida que louvamos o Senhor. O louvor nos dá o espírito de triunfo e vitória. O louvor nos incendeia com zelo santo. Ele nos levanta acima das batalhas, para a perspectiva do trono de Deus. O louvor reduz as forças inimigas. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8:31). O que o homem pode fazer quando Deus está do seu lado? (Sl 118:6; Hb 13:6). Os exércitos angélicos de Deus a nosso favor são muito maiores do que todos que se opõem a nós (2 Rs 6:16). August H. Francke, ministro luterano por volta de 1700 e fundador de um orfanato em Halles, na Alemanha, fala de uma época em que estava precisando de uma grande soma de dinheiro. Seu tesoureiro foi buscar o dinheiro. Francke pediu que ele voltasse depois do almoço. O tesoureiro voltou e Francke pediu que retornasse à noite. Nesse intervalo de tempo, um amigo de Francke foi visitá-lo. Os dois homens oraram juntos. Quando Francke começou a orar, Deus levou-o a recordar a bondade do Senhor para com a humanidade, reportando-se até a Criação. Francke louvou a Deus repetidamente pela Sua bondade e fidelidade no correr dos séculos, mas sentiu-se impedido de falar de sua urgente petição. Quando o amigo foi embora, Francke acompanhou-o até a porta. Ali estava o tesoureiro aguardando o dinheiro e a seu lado um homem que entregou então a Francke uma soma considerável que cobriu perfeitamente as suas dívidas.

O LOUVOR INVOCA A PRESENÇA, O PODER E AS FORÇAS DE DEUS

Deus manifesta a Sua presença em meio ao Seu louvor. Deus está entronizado em meio às criaturas que O louvam. O louvor de Deus parece chamá-Lo de maneira especial para atuar entre o seu povo, invocando a manifestação e o uso do Seu enorme poder. Nada nos une mais com os anjos de Deus do que nos ajuntar em louvor a Deus, e talvez o nosso louvor e adoração os unam a nosso favor e na resposta às nossas orações. Os anjos ministram incessantemente a nós (Hb 1:14), mas quando prevalecemos em oração fazem isso ainda mais, da mesma forma que ministraram a Jesus no Getsêmani. Huegel conta a respeito de um pastor que desejava um novo despertamento em sua igreja. Ele convocou durante uma semana reuniões só de louvor. No começo, as pessoas não entenderam e ficaram pedindo e suplicando coisas a Deus. Mas o pastor repetiu que não queria nada além de louvor. Na Quarta-feira o culto começou a mudar. Quinta-feira, houve muito louvor, que estava ainda mais evidente na Sexta-feira. No Domingo, “um novo dia tinha raiado. O Domingo foi um dia como a igreja nunca tinha visto. Um verdadeiro reavivamento. A glória de Deus encheu o templo. Os crentes voltaram ao seu primeiro amor. Os corações se derreteram... Algo maravilhoso acontecera. O louvor conseguira isso”.

O LOUVOR CONFUNDE, RESTRINGE, ATERRORIZA E DESTRÓI SATANÁS

O louvor afasta os poderes das trevas, espalha os oponentes demoníacos e frustra as estratégias de satanás. O louvor tira a iniciativa das mãos de satanás. Ele é um meio eficaz de resistir a satanás e fazê-lo fugir. Um crente cheio do Espírito, ungido e capacitado, pode atacar as fortalezas de satanás mediante o louvor. Ezequias, Isaías e o povo de Israel da sua época não foram os únicos que afugentaram o inimigo por meio do louvor. Durante os meus dias de missionário na Índia, os alunos e os professores da escola bíblica para moças de outra congregação estavam orando e jejuando a fim de que uma estudante possessa pelo demônio fosse libertada. Fui chamado para ajudar, mas, me senti incapaz. Enquanto orava, senti o impulso de aproximar-me da moça semi-inconsciente, que vários adultos seguravam a fim de controlar as contorções e os espasmos. Falei no ouvido dela: “Jai Masih Ki” (vitória para Cristo), a maneira idiomática de dizer “Louvado seja o Senhor” na língua dela. Quando pronunciei esta frase em seu ouvido, ela começou a responder, como se pudesse ouvir minhas palavras. A seguir, fez um esforço para controlar seus lábios cerrados e, quando pôde finalmente abri-los, disse em voz alta: “Jai Masih Ki”. Ficou instantaneamente liberta. A oração e o jejum provavelmente ajudaram a preparar o caminho, mas o louvor foi a arma do Espírito para libertá-la. Huegel, um experiente missionário do México, disse que muitas vezes em que a oração não traz a resposta o acréscimo do louvor leva à vitória. Ele afirma: “Existe no louvor um poder que a oração não tem. A distinção entre os dois é naturalmente artificial... A mais alta expressão de fé não é oração em seu sentido ordinário de petição, mas oração em sua expressão mais sublime de louvor”. Extraído do livro: A oração poderosa que prevalece Autor: Wesley L. Duewel Editora: Candeia Capítulo 25 – páginas 169 a 171 

A MÚSICA NO LOUVOR E ADORAÇÃO

A música sempre teve um papel importante na adoração a Deus. Há muito tempo atrás, no início da Criação: “as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam.” (Jó 38:7). A música hebraica era predominantemente vocal. Havia bem poucos instrumentos nos primeiros dias de sua história. A voz humana era o instrumento mais acessível e popular com o qual a música podia ser feita. A primeira menção bíblica de música e cânticos encontra-se em Gênesis 31:27 e associa-se com a expressão de júbilo. A adoração com cânticos é primeiramente mencionada em Êxodo 15:1-21. Moisés e os filhos de Israel cantaram ao Senhor, Miriã e todas as mulheres, com pandeiros e danças, responderam ao cântico de Moisés. A escavação do poço em Beer foi celebrada com cânticos (Nm 21:17,18). Débora e Baraque celebraram sua vitória com cânticos (Jz 5:1-31). As mulheres de Israel celebraram a vitória de Davi sobre Golias com cânticos (1 Sm 18:6,7). Quatro mil levitas louvaram ao Senhor com instrumentos quando Salomão foi levantado como rei sobre Israel. “E os filhos de Israel... celebraram a festa dos pães asmos sete dias com grande alegria: e os levitas e os sacerdotes louvaram ao Senhor de dia em dia, com instrumentos fortemente retinintes ao Senhor.” (2 Cr 30:21). “E disse Davi aos príncipes dos levitas que constituíssem a seus irmãos, os cantores, com instrumentos musicais, com alaúdes, harpas e címbalos, para que se fizessem ouvir, levantando a voz com alegria”. (1 Cr 15:16). É obvio que a música e os cânticos são uma parte vital do louvor e adoração a Deus. Isto é retratado em toda a Bíblia de Gênesis a Apocalipse. Hoje em dia ainda é assim. São uma expressão vital, gloriosa e positiva de louvor a Deus.

SATANÁS E A MÚSICA

É também verdade que Satanás usa a música muito eficientemente para alcançar os seus propósitos. Antes de sua queda, Lúcifer era um chefe dos músicos. Ezequiel 28:13 nos diz: “a obra dos teus tambores e de teus pífaros estava em ti: no dia em que foste criado foram preparados.” Lúcifer era um músico mestre. Ele deveria usar este dom para a glória de Deus, mas quando se rebelou contra o Senhor e teve que ser expulso do Céu ele prostituiu este dom e começou a usá-lo para o mal ao invés do bem. Ele tem feito isto muito eficientemente até o dia de hoje. Foram os descendentes de Caim que inventaram tanto os instrumentos de música como os instrumentos de guerra (Gn 4:21,22). Quando Moisés voltou do seu encontro com Deus na montanha, ele descobriu que os filhos de Israel haviam se afastado de Deus e voltado à adoração de ídolos. Estavam dançando e cantando ao redor do bezerro de ouro. O som de suas músicas era tão confuso aos ouvidos de Moisés que ele não podia discernir imediatamente o significado daquele som. Este tipo de música, cheio de confusão, tem a marca registrada de Satanás, pois ele é um enganador. Muitas músicas modernas estão repletas de confusão. Transtornam e perturbam as pessoas. A música devota, piedosa tem um efeito exatamente oposto. Ela acalma ao invés de confundir. Talvez ela nos motive, mas nunca faz com percamos o controle das nossas emoções. Ela nos fortalece, ao invés de nos enfraquecer. Nabucodonosor, rei da Babilônia, usava instrumentos musicais de várias espécies para induzir as pessoas a adoração da imagem de ouro que ele havia erigido (Dn 3:5-7). Herodes sucumbiu à música e dança sedutoras da filha de Herodias e tolamente ordenou a morte de João Batista (Mt 14:6). A música satanicamente inspirada da Babilônia será finalmente destruída quando a cidade da Babilônia for derribada. O som de sua música não mais será ouvido. (Ap 18:22).

A MÚSICA PODE INSPIRAR A ADORAÇÃO À DEUS

O Espírito Santo também pode usar a música para a glória de Deus e para a edificação das pessoas. Observe o poderoso efeito terapêutico que a música ungida tinha sobre Saul (1 Sm 16:23). Davi havia sido ungido por Deus (vers.13). Ele era um músico habilidoso, um compositor dotado e um doce cantor. Quando tocava e cantava sob a unção do Espírito, o espírito maligno se retirava de Saul, o qual passava a se sentir renovado e melhor. Quando Josafá precisou de um profeta numa ocasião de crise nacional, ele chamou Eliseu. O profeta chamou um músico. “E sucedeu que, tangendo o tangedor, veio sobre ele (Eliseu) a mão do Senhor. E disse: Assim diz o Senhor...” (2 Rs 3:11,15,16). A música obviamente ajudou a criar uma atmosfera e uma disposição para que o dom de profetas operasse. O rei Davi designou 4.000 homens para que profetizassem com harpas, saltérios e címbalos (1 Cr 25:1). Foi somente quando Israel estava em cativeiro na Babilônia que eles cessaram de cantar e tocar. A música ungida deles cessou e penduraram suas harpas nos salgueiros (Sl 137). Quando os seus captores babilônicos os incitavam a que cantassem, replicavam: “Como entoaremos o cântico do Senhor em terra estranha?” Quando o cativeiro deles terminou, após 70 anos, voltaram para casa com cânticos alegres e com risos. Havia louvor em seus lábios (Sl 126:1,2). É somente quando a Igreja está em cativeiro espiritual que a sua música ungida cessa. Quando este cativeiro é rompido e as pessoas novamente se libertam, a música, os cânticos, o louvor e as danças e os risos são todos a elas restaurados.

A MÚSICA E OS CÂNTICOS NO NOVO TESTAMENTO

1. Os discípulos cantaram hinos juntos. (Mt 26:30; Mc 14:26). 2. Paulo e Silas cantaram louvores a Deus na prisão (At 16:25). 3. O Apóstolo Paulo instruiu a Igreja com relação aos cânticos ungidos. Eles deveriam cantar: a. Salmos (os Salmos musicados). b. Hinos (cânticos de louvor a Deus). c. Cânticos Espirituais (cânticos espontâneos dados pelo Espírito). Os cânticos da Igreja Primitiva eram louvores ao Senhor. O seu objetivo primário nos cânticos era louvar e engrandecer a Deus. Não cantavam para causarem um impacto ou para entreterem os outros. Os seus cânticos não eram centralizados no homem. Eram dirigidos à Deus, para o Seu prazer somente. Este tipo de música e cânticos ungidos, dirigidos a Deus com louvor e adoração é muito raro na Igreja hoje. Contudo, Deus está restaurando este ministério ao Seu povo. Aqui estão algumas sugestões para ajudá-lo introduzir a sua comunidade num ministério de música ungida com louvores a Deus: 1. Comece todas as reuniões com ações de graças e louvores em forma de cânticos. “Entrai por suas portas com ações de graça, e nos seus átrios com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome.” (Sl 100:4) 1. Peça em oração ao Espírito Santo que o lembre de cânticos ou hinos apropriados. Deus tem um tema ou mensagem para cada culto. Em geral, cânticos apropriados preparam o caminho para o tema ou mensagem. 1. Não tenha medo de cantar cânticos mais de uma vez, ou ainda, uma parte específica deles pode parecer especialmente ungida ou abençoada. 1. Exorte as pessoas a realmente “cantarem ao Senhor”. Os hinos são muitas vezes cantados porque é a nossa tradição e costume cantá-lo. Temos porém, um propósito muito mais valioso que este, ou seja, cantar ao Senhor, ou dirigir a nossa atenção para o Céu através de cânticos. 2. Comece com cânticos de louvor e ações de graças. Permita que as pessoas expressem genuinamente, seus louvores através deles. Os cânticos não são louvores em si mesmos. São meros veículos através dos quais podemos expressar o nosso louvor. É bem possível cantarmos muitos hinos e cânticos sem expressarmos nenhum louvor verdadeiro. 1. Os cânticos de louvor inspiram as pessoas a adorarem. Em geral começamos com o louvor e em seguida, as pessoas passam progressivamente para os vários níveis do mesmo até que entrem na adoração que é o nível elevado de louvor. 1. Não “faça correndo” o culto de louvor. Muitos pastores consideram esta parte do culto como uma “preliminar” uma necessidade maçante, porém tradicional. Conceda este tempo para cantar, louvar e adorar. Estes são os atos mais importantes da nossa reunião. 1. Dê oportunidades para a participação da congregação. Incentive as expressões espontâneas. Alguém pode dirigir a congregação em oração, o que poderá resultar na direção para a reunião. Talvez alguém mais profetize e a exortação venha a fornecer o tema para o resto do culto. 1. As manifestações do Espírito deveriam ser expressas nos cultos de adoração dos crentes (1 Co 12:8-11). Não “apague” o Espírito (1 Ts 5:19). Incentive a participação e expressão através destes dons espirituais. Contudo o líder designado e ungido deveria em todo o tempo reter a autoridade espiritual sobre o culto. 1. Todas as coisas deveriam ser feitas para a edificação mútua. Todas as manifestações bíblicas são legítimas e apropriadas, mas tudo que é feito e a maneira com que é feito tem que ser para a edificação de toda a congregação (1 Co 14:26). 1. Evite “contribuições” que geram confusões. “Deus não é autor de confusão.” (1 C0 14:33). Se o culto começar a ficar confuso, tome a frente e tire-o da confusão. Se necessário, faça uma pausa e explique à congregação o que está acontecendo, esclarecendo assim a situação. Use situações assim para ensinar a maneira certa e errada de se fazer as coisas. 1. Tudo deveria ser feito para o Senhor e para a glória de Deus. Lembre-se que o alvo de todas as reuniões é glorificar a Deus e edificar os crentes. 1. Use um livreto de cânticos ou um retroprojetor para que as pessoas possam participar. Não tenha medo de num dado momento, colocar de lado o livreto e a letra dos cânticos e simplesmente adorar ao Senhor de coração. 1. É claro que há certas “técnicas” para a direção de um culto de cânticos ou de louvor, mas você precisa evitar, com todo o cuidado, tornar-se muito mecânico ou formal. Permita que haja uma liberdade subjacente. Seja flexível. Não insista seguir o programa. Seja sempre flexível às direções do Espírito e esteja disposto a seguí-las. Para uma boa direção de louvor e cânticos é necessário muito mais do que a movimentação dos braços, ainda que isto possa ser feito corretamente. A liberdade de Espírito e a espontaneidade são mais importantes que a precisão técnica. 1. Procure ficar escondido, para que as pessoas possam “ver a ninguém, senão unicamente a Jesus” (Mt 17:8). Eu me lembro de uma igreja que pastoreei por muitos anos em Brisbane, Austrália. Na primeira vez que subi ao púlpito, vi algumas palavras entalhadas nele. Elas confrontavam todos que subiam àquele púlpito para falarem, ministrarem. As palavras eram: “Queremos ver a Jesus” (Jo 12:21). Sempre deveríamos ter isto em nossas mentes. As pessoas não vieram para verem ou nos ouvirem. Vieram para ouvirem a Jesus. A nossa tarefa, com a ajuda do Espírito, é abrir o véu, para que todos os olhos possam ver o Senhor e adorar diante d’Ele. E isto deveria ser o objetivo mais importante de todos os servos de Cristo que dirigem cultos de louvor.

O CULTO A DEUS

AUXÍLIO AO DIRIGENTE

Algumas pessoas não acham válido haver na igreja alguém responsável pela direção das reuniões, com receio de que o culto seja produto do gosto pessoal do dirigente. Esse perigo é bem latente nas congregações renovadas, onde não há mais uma ordem pré-estabelecida para as reuniões, o que dá lugar à predominância de gosto pessoal, onde tendem a se destacar aqueles de personalidade mais forte. Mas também não deixa de haver um certo perigo quando as reuniões têm livre curso, onde todos têm liberdade de opinar, pedir cânticos e testemunhar, pois alguns irmãos de ânimo mais forte tendem a dominar o culto. Isto é comum em reuniões nos lares ou de pequenos grupos. Pode até mesmo ocorrer quando o dirigente acha que deve haver liberdade para que os irmãos peçam seus cânticos. O gosto pessoal de cada um acaba predominando e alguns cânticos são solicitados no momento impróprio. Por isso sou da opinião de que a direção do culto, sempre que possível, deve ser plural. Vários irmãos se aconselham mutuamente, e um deles toma a frente, sempre assessorando pelos demais, que podem a qualquer momento usar da palavra, sem que o dirigente se sinta ofendido. Assim, qualquer irmão que dirija a reunião disporá de conselho e orientação segura. Partindo do pressuposto de que alguém deve ser responsável pela direção das reuniões da igreja, segue aqui algumas sugestões ao dirigente. Em primeiro lugar, há fundamento escriturístico para que haja liderança ou alguém dirigindo uma reunião. Nesse sentido, creio, não será necessário tecer comentários e, sim, usar de alguns exemplos bíblicos já mencionados neste livro. É o caso de Miriã, que saiu liderando as mulheres em danças e louvor a Deus, logo após a passagem pelo mar vermelho. Outro exemplo é o de Davi instituindo uma ordem de culto em Israel que perdurou por centenas de anos. No culto a Deus, por menor que seja o número de pessoas, é bom haver alguém coordenando, do contrário os louvores serão dispersos e os cânticos serão cantados conforme cada um deseja. Às vezes costumo perguntar numa reunião pequena que cântico soou durante aquele dia no coração de cada um. As respostas são diferentes. Uma pessoa passou todo o dia com um cântico de júbilo no coração, outra com um cântico de contrição. Além disso, há pessoas que têm os seus hinos preferidos que são solicitados nas horas impróprias. Assim, um irmão deve coordenar, mesmo num pequeno grupo, os louvores, e ser, diante da congregação e diante de Deus, o responsável pelo andamento da reunião. Em segundo lugar, uma pessoa que não adora a Deus não pode levar outros a adorarem. Existe uma maneira de correta de nos chegarmos a Deus. A adoração deve fazer parte da vida de toda pessoa que tem responsabilidade congregacional, seja na direção do culto, liderança de grupos e, principalmente, na vida daquele que ministra diante do Senhor na congregação. O dirigente do louvor e adoração é, pois, uma pessoa que ministra ao povo de Deus. Ministra ao povo quando, recebendo de Deus, conduz a congregação à sua presença. Ministra ao Senhor, porque esse é o conteúdo de todo o serviço e adoração. Aquele que não possui uma vida intensa de comunhão e adoração, não poderá guiar outros na adoração e louvores ao Senhor. Como saber se a pessoa é um adorador? Ela transmite vida não só à frente da reunião, mas também na sua vida íntima e pessoal.

O DIRIGENTE DO CULTO

1) O dirigente do culto deve estar bem preparado - corpo, alma e espírito. Quando ele está fisicamente cansado, o cansaço poderá transparecer e afetar a congregação. Da mesma forma, se sua alma e espírito não estiverem íntegros e retos diante do Senhor, isto afetará o louvor congregacional. Muitas vezes temos que ser sinceros e dizer aos nossos colegas de ministério que não estamos preparados nesse dia para levar o povo à presença de Deus. Se o dirigente bocejar, apoiar-se no púlpito e descansar sobre uma das pernas, toda a congregação notará. Com seu físico descansado e seu espírito avivado, ele ajudará os que estão cansados e abatidos a terem um encontro com Deus, no louvor e adoração. 1) Em segundo lugar, o dirigente da reunião não pode estar nervoso. Se discutiu em casa, no trabalho, ou se algo não está bem com ele, isto poderá deixá-lo sem condições de dirigir a reunião. Deve ter uma boa disposição bem antes do início do culto. Se seu estado de saúde não o favorece, como uma dor de dente, dor de cabeça ou canseira, é melhor ser bem sincero e pedir que os presbíteros ou, na ausência destes, outros irmãos ministrem a ele, para então ter condições de ministrar ao povo. Muitas vezes o dirigente ou os músicos podem estar sob opressão maligna e, ao serem ministrados antes de ministrarem aos outros, ficarão libertos e purificados de todo o mal. 1) Em terceiro lugar, o dirigente da reunião deve ser uma pessoa sensível ao Espírito Santo, procurando saber dele o que mais agradará ao Rei Jesus naquele dia. A Bíblia diz que o Espírito glorifica a Jesus. Assim, o Espírito sabe se o Pai quer júbilo ou prostração. Se o Senhor quer ser exaltado como Rei ou como um pai amoroso, como Deus forte, como um guerreiro ou um amigo. O Espírito é quem dirigirá o louvor nesta ou naquela direção. A adoração é o “alimento” de Deus, disse certo pregador. E ele poderá conduzir a reunião, através do dirigente, a profundas experiências. 1) Outrossim, o dirigente deve pensar previamente como começar, tendo em vista que o início é muito importante. O primeiro cântico é a chave que abre a reunião. Se a unção de Deus na reunião é para levar a congregação a glorificar a Jesus como Rei e o primeiro cântico apresenta como Salvador, no seu amor, na obra da cruz, então o dirigente demorará um pouco a direcionar a reunião para cumprir a vontade do Espírito. Muitas vezes, somente depois do terceiro ou quarto cântico é que se descobre a “mente” do Espírito. Quando procuramos, contudo, saber a vontade do Espírito, podemos entrar em adoração logo no primeiro cântico. Se o dirigente não está certo do que o Espírito quer para a reunião, deve procurar seus colegas pastores, e, na falta destes, os irmãos mais chegados, e perguntar-lhes com que cântico ou de que maneira deve-se começar uma reunião. Nunca é recomendável começar uma reunião com adoração, principalmente quando a reunião tem caráter público, isto é, aberta a pessoas não cristãs. Quando todos somos comprometidos com Cristo, a adoração flui logo, tal a unidade de espírito e fé. Ao contrário, quando há a presença de muitos incrédulos, é necessário começar com louvor e júbilo, e assim todo o espírito de incredulidade será dominado na reunião. A experiência tem mostrado que, muitas vezes, é ainda necessário parar o louvor, e a congregação, como um todo, numa oração de autoridade, repreender toda a potestade maligna. É muito comum ficarmos, mesmo os crentes, contaminados pela “fuligem” do mundo, do ambiente da escola, do trabalho, dos coletivos urbanos, dos meios de comunicação, etc. Daí a necessidade de uma purificação de nossa vida diante do Senhor. Isto também poderá ser feito começando-se a reunião com pequenos grupos de oração, de forma que um irmão ministre a outro, e assim sejam todos mutuamente purificados nos amor, paz e relacionamento com Cristo. Com isso o caminho para a adoração fica livre. A Palavra de Deus diz que devemos ter “intrepidez para entrar no Santo dos Santos” (Hb 10:19). Intrepidez significa ousadia, com força, coragem e sem temor. Assim, uma reunião pode ser iniciada com todos orando em grupos ou todos saudando uns aos outros. 1) O dirigente deve sempre incentivar os irmãos à santificação. “Animador” de culto não existe. O animador está nos clubes, emissoras de rádio e TV. No culto há o ministro. Seu papel é motivar e exortar os irmãos a uma vida de santificação. Animador de corinhos para “esquentar” o ambiente é obra puramente carnal. Os irmãos devem ser ajudados e exortados a se santificarem para uma adoração profunda diante do Senhor. 1) O dirigente deve facilitar as manifestações simultâneas e espontâneas das pessoas. Nem sempre isso é necessário, pois há momentos quando a congregação espontaneamente expressa seu louvor e adoração. Não é preciso pedir. Elas fluem. Irmão após outro irrompe em expressões de agradecimento, de júbilo, de contentamento, de engrandecimento do nome do Senhor. Mas cabe ao dirigente facilitar essas expressões. Quando o dirigente do culto se limita a cânticos após cânticos, sem parar, inibe as expressões espontâneas. O dirigente que somente se preocupa em cantar com o povo e a falar todo o tempo, limita o louvor aos cânticos. Depois de algum tempo de louvor, o dirigente poderá ficar em atitude de adoração, ou com as mãos levantadas ou de cabeça baixa. A congregação se acostumará aos gestos do dirigente e saberá que é o momento para se expressarem diante do Senhor, não somente em palavras e frases curtas, mas também em cântico espiritual. 1) O dirigente deve também cuidar do comportamento congregacional. Ele deve sentir o ambiente e o povo. Pode ser que o dirigente queira adorar, mas o clima entre o povo é de júbilo e de danças. Ou poderá ser que o dirigente queira jubilar-se e louvar a Deus, mas o ambiente na congregação é de adoração e de prostração. Se ele não sentir a reação do povo, demorará muito a entrar num fluir dinâmico do Espírito. Isto não quer dizer que o estado emocional da congregação é que deve ditar o rumo do culto. Muitas vezes, contudo, quem está dirigindo a reunião precisa ouvir o Espírito através da congregação. 1) Depois de descobrir o fluxo do Espírito no culto, o dirigente deve procurar a nota dominante da reunião. Esta pode ser sobre o amor, cura, libertação, exaltação da santidade de Deus, etc. Uma vez conhecido o tema, dirigir a reunião com segurança e firmeza. Um dirigente que fica titubeando, que deixa transparecer indecisão, transmite tudo à congregação. Esta se sente segura, quando o dirigente é firme e seguro. Ele deve ser prudente para não dar a palavra ao pregador depois que o povo já ouviu muitos testemunhos e teve um longo tempo de louvor. Muitas vezes ficamos comprometidos com pregadores que têm de falar ao povo. Mas, se na reunião houve louvor e adoração, testemunhos, palavra profética e ministração individual, quando o pregador for pregar o povo se sentirá cansado. Se o pregador convidado à reunião for uma pessoa compreensiva, também entenderá que não há lugar para uma pregação longa. Podemos limitar a obra de Deus num culto, quando comprometidos em dar a palavra a pregadores convidados. Recordo-me de uma ocasião, quando o louvor e adoração fluíram no meio do povo com muitas palavras proféticas, e tínhamos um pregador de uma outra cidade que nos fora recomendado por colegas. Por estar fora da sintonia da reunião e interessado em divulgar seu programa de evangelização, o culto tomou uma direção contrária à que todos esperavam. Quando os pastores da congregação acompanham o fluxo da reunião, aquele que será o pregador saberá ficar calado e deixar o culto tomar os rumos que Deus deseja. Os pregadores precisam ser restaurados, para saberem quando devem falar e quanto tempo devem usar. 1) O dirigente deve atuar em fé. Ele deve conduzir as pessoas a Deus. Muitas vezes, o muito falar prejudica o fluir do Espírito na reunião. Há dirigentes que costumam ficar falando durante um período de silêncio e adoração ou mesmo no meio júbilos. Deve-se falar para levar pessoas a Deus, mas somente o necessário. Falar demais torna a reunião cansativa. Também é necessário que ele inspire fé. No meio dos louvores e da adoração poderá ocorrer salvação, cura, batismo no Espírito, distribuição de dons entre os irmãos, etc. Basta uma palavra de fé do dirigente para que Deus transforme muitas vidas.

OS MÚSICOS E O DIRIGENTE DO CULTO

Os músicos devem se harmonizar com o fluir da unção e adoração. Já dissemos que um músico não convertido pode tornar “profano” aquilo que deveria ser santo. Em regra geral, os músicos de nossas igrejas são jovens, e é necessário que eles tenham a vida purificada. Se eles tocam seus instrumentos apenas por acompanhamento, não estão desempenhando seu papel no culto. Os músicos devem se harmonizar de tal forma com o Espírito que levem a reunião a um clímax de adoração, colaborando assim com o dirigente. Eles podem ter a inspiração de começar um outro cântico antes que o dirigente se aperceba; e, se começarem a tocá-lo, acabam dirigindo a reunião. Os músicos, quando unidos em Deus, podem dar a vibração certa na bateria ou deixar de tocá-la; dar o toque certo na guitarra ou parar e deixar somente o órgão tocando. Ou, todos podem parar de tocar e ficar em adoração. O guitarrista, o organista podem com seus acordes, executar cânticos espirituais. O trompetista pode, no espírito, tocar um solo com seu instrumento de sopro. Quando os músicos se harmonizam com o fluir da adoração, o culto flui no mover de Deus! E, para finalizar, o culto programado na orientação do Espírito Santo é melhor que o programado pelo homem. Os cânticos comunicam o que estamos vivendo. A congregação que vive uma verdade, prega e canta sobre ela. Assim, quando uma congregação entoa somente hinos de exaltação ao governo de Deus, seu Reino e seu poderio, é porque está vivendo intensamente essa verdade. Se seus cânticos forem somente de cura ou salvação, estas serão as verdades vividas por ela de forma mais intensa. Precisamos ter nossa hinologia restaurada. O dirigente é quem tem a responsabilidade de trazer essa mudança. Que Deus levante muitos dirigentes cheios do Espírito, de poder e de sabedoria!

CONVITE À ADORAÇÃO

Uma igreja local que mantém cultos de adoração como atividade normal, é uma igreja vitoriosa na comunidade onde vive! Vemos pessoas sendo salvas, atizadas, integradas ao Corpo de Cristo e se tornando um canal de bênçãos às pessoas que estão ao seu redor. O esforço evangelístico, assim normalmente expresso, dá lugar a uma evangelização natural, fruto da vida normal da igreja. As campanhas de oração dão lugar a uma vida normal de oração. Não é necessário fazer cultos para cura divina porque elas ocorrem de forma habitual nas reuniões e na vida diária do povo. Uma congregação que aprende a adorar carregará também o peso pelos perdidos; terá a carga da intercessão e viverá intensamente a comunhão mútua entre os irmãos. Nesse livro tratamos basicamente da adoração corporativa, contudo não haverá igreja forte no louvor e adoração, se na vida particular de seus membros a adoração for relegada a segundo plano. O cristão que anda pela casa com cânticos de ações de graça em seus lábios, certamente contagiará a reunião da igreja e o próprio Deus! A adoração começa dentro de cada vida, de cada família, de cada grupo de discipulado, tornando-se, conseqüentemente, o fluir normal na vida da igreja. Não cabe aqui um ponto final neste livro; certamente muitos capítulos serão acrescentados por você; suas experiências encorajarão a que se restaure a adoração na vida da igreja. Estes 2 capítulos foram extraídos do livro: O ministério de Louvor da Igreja (uma nova dimensão de intimidade com Deus no louvor congregacional.) Páginas: 127 a 137 Autor: João A. de Souza Filho Editora: Betânia (Todos os direitos reservados)

COMO MINISTRAR UM LOUVOR CONGREGACIONAL

Existem várias técnicas que podem ensinar qualquer irmão ou irmã a ministrar um louvor diante de Deus para a congregação. Técnicas existem e ajudam, mas o mais importante é ter a certeza de estar no centro da vontade de Deus e do seu chamado específico para o Louvor. Dentre as inúmeras qualidades de um Ministro de Louvor, este tem que primeiro estar com uma vida santa, reta e agradável aos olhos do Senhor. O que ministra louvor tem que estar ministrando também exemplo de vida, de santidade, de amor, desunião e de humildade. Assim o Senhor terá condições de abençoar e ensinar a cada dia mais, como ministrar um Louvor. Ministrar Louvor é levar pessoas a adoração a Deus. Ministrar Louvor é buscar o mover do Espirito Santo na congregação através de cânticos.

OS CÂNTICOS CERTOS NAS OCASIÕES CERTAS

O ministro de Louvor tem que ter a percepção espiritual para saber quais os cânticos certos para aquela ocasião, sempre buscando uma linha cujo os temas e mensagens estão de acordo entre si. Não é aconselhável mudar a direção dos temas e mensagens dos cânticos, principalmente no momento de adoração ao Senhor, pois imagine só você cantando um cântico de busca e entrega ao Espirito Santo, e quando começa a sentir um toque, um fluir do Espirito, o ministro muda a direção do cântico e começa a cantar uma música sobre libertação, sobre união entre os membros da Igreja, ou sobre o perdão dos pecados, ou mesmo salvação. É claro que há exceções, mas nem sempre isto deve acontecer. É preciso descobrir o fluxo e sentido das canções de cada cântico, para cada culto e situação. Eis aqui alguns temas e mensagens dos cânticos congregacionais: Exaltação, Adoração, Poder, Perdão, Batismo no Espírito Santo, Libertação, Milagres, Salvação e outros mais. A COMUNICAÇÃO IDEAL. O bom Ministro é aquele que se comunica bem, canta bem, e tem unção. É preciso saber falar na hora certa seguindo sempre o fluxo espiritual da congregação. Se o povo não está batendo palmas com firmeza e união, deve-se falar e pedir ao povo que batem palmas todos os povos seno momento de adoração a maioria estiver desligada e destruída pode-se por exemplo pedir para que todos fechem os olhos, que levante as mãos e que comecem a falar palavras de amor, de agradecimento e sinceridade ao Senhor. Se no momento de Louvor perceber que o povo não está cantando e correspondendo pode-se tranqüilamente pedir aos músicos que parem de tocar para ouvir apenas as vozes da congregação cantando juntos, formando um lindo coral de vozes ao Senhor. É preciso sempre manter o controle da situação e quando o povo estiver louvando e adorando o Senhor em Espírito e Verdade, procurar não falar nada, apenas deixar que o próprio cântico fale ao coração das pessoas. Falar demais acaba atrapalhando o mover do Espirito Santo nas pessoas e não falar nada, causa vazio no Louvor Congregacional. Jamais dê testemunhos pessoais durante o louvor, ou pregue a palavra, ou abra a Bíblia e comece a ler longos versículos e dar explanações, deixe isso para o decorrer da programação do culto ou podem pensar que você deveria ser um pregador, ou professor de escola dominical e de novos convertidos, e não o Ministro de Louvor da Igreja. Cultos organizados tem hora certa para cada momento. Nos hinos de Louvores com ritmos rápidos pode-se se expressar com uma voz mais alta e ungida, mas no momento de adoração a voz tem que sempre ser bem suave, de acordo com o cântico, enquanto ministra e se comunica com a Igreja. Momentos de adoração devem sempre seguir com uma percepção musical suave dos instrumentos e na voz e comunicação do Ministro. Comunicar certo é conseguir manter o nível excelente de participação dos membros no Louvor e levar pessoas a abrirem seus corações ao Senhor e se entregarem ao Espirito Santo. Um Ministro de Louvor tem que conseguir levar pessoas a verdadeira adoração através de uma comunicação ideal, prudente, sensata e ungida. Muitos só dizem: Vamos aplaudir ao Senhor, Aleluias, Glorias a Deus e Amém. Outros falam demais e acabam transparecendo que querem dirigir um culto, pregar ou até mesmo aparecer. Mantenha suas palavras de acordo com a recíproca do povo. Assim seu êxito será certo.

POSTURA

O Ministro de Louvor tem que estar a vontade no altar. Ele tem que caminhar por todos os lados. Existem Ministros que são como estátuas, ficam parados no mesmo lugar durante todo o Louvor. A Igreja acaba ficando parada, fria e imóvel também. Outros se mexem tanto, correm tanto e fazem tantos gestos que mais parecem atletas excepcionais ou professores de aeróbica. Cansa a congregação só de olhar e acompanhar. O Ministro de Louvor tem que ter a liberdade de caminhar (isto impõe segurança) de se expressar com gestos em alguns cânticos (gera participação da Igreja) de olhar nos olhos da congregação em geral ( mostra confiança e autoridade, e não insegurança, fragilidade e medo de encarar as pessoas, pois tem Ministros que fecham os olhos e esquecem do resto e de observar o fluxo na Igreja) de se ajoelhar em momentos de adoração (mostra submissão e humildade). Tudo isto deve ser com prudência, sabedoria e sensibilidade espiritual. Obedeça sempre o Espirito Santo e tudo será uma benção para você e a Igreja. Onde há o Espirito Santo, aí há liberdade, lembre-se que você é livre para adorar ao Senhor com danças, cânticos, júbilo mas sempre com a reverência que é devida ao nosso Deus.

ESPONTANEDADE

Ministros de Louvor que seguem exatamente aquilo que estava programado nos ensaios e antes dos cultos, podem estar falhando na sensibilidade musical e espiritual. É obvio que não é normal ficar mudando a direção dos cânticos e louvor, mas sempre é preciso estar atento para saber quando deve-se fazer sinal aos músicos para tocarem mais suave, mais baixo ou mais alto, que deixem só a congregação cantando junta, ou que se repita várias vezes o mesmo coro, que faça silêncio absoluto para uma maior busca, entrega e sensibilidade ao mover do Espírito Santo, que se inicie mais uma vez a canção para maior aproveitamento ou que os músicos continuem tocando a melodia da canção para que a Igreja possa cantar um cântico novo pessoal e espiritual. Tem que haver flexibilidade, espontaneidade no Ministro e no período de Louvor, pois a vontade de Deus nem sempre é a do homem, por mais que sejamos organizados e programados. Como é maravilhoso estar diante de um grupo de louvor, que realmente busca ministrar através de cânticos de adoração. A tarefa do Louvor é libertar, operar, abençoar os irmãos, é preparar os corações para a palavra de Deus. Um bom grupo de Louvor tem de saber explorar os benefícios que traz a congregação, quando consegue realmente ministrar a presença do Espírito Santo de Deus. Ás vezes se faz necessário dar um reviravolta na maneira de cantar e tocar os cânticos, geralmente os momentos que, nem se quer estão sendo cantados por exemplo, são os que mais tocam. Como é bonito ver e ouvir um grupo inteiro glorificando a Deus, buscando a presença de Deus, todos adorando e louvando, os instrumentos tocando uma melodia espontânea de adoração, as vozes bem suaves dos componentes do grupo dando gloria, aleluia, enfim, tendo um período de 5-10 minutos de busca, entrega, e comunhão com Deus. O Louvor é isso. É uma arma poderosa para trazer renovo de vida a muitas almas, é arma que quebra corações duros, que expulsa todo poder das trevas, que toca e salva, que cura e opera grandes coisas. Para isso é preciso que o Grupo de Louvor esteja totalmente unido e Espírito e amor, que estejam entrosados, ligados e concentrados no mover do Espirito Santo. Uma vez eu estava com o grupo de Louvor ensaiando na Igreja. Então apareceu uma mulher do lado de fora, ela começava a ouvir os cânticos e aos poucos foi se aproximando ao ponto de ficar olhando atrás da janela de vidro na porta. A Igreja estava aberta, mas essa porta que dava entrada ao Templo estava fechada. Na mesma hora pedi para que meu irmão mais novo abrisse a porta. Continuamos ensaiando, eram poucas pessoas naquela hora, somente eu, o Tecladista e meu irmão. O Grupo ainda não tinha chegado. Enquanto tocávamos ali e buscávamos a presença de Deus no Louvor, pude notar que naquela mulher havia algo movendo seu coração. Ela chegava mais perto, mudava de cadeira, fechava os olhos e se ajoelhava. Quando comecei a orar louvando ao Senhor, percebi que havia uma força contrária tentando impedir ela de se libertar na presença de Deus. Enquanto o tecladista tocava, pedi a ele que a partir daquele momento pudesse tocar de todo o seu ser, com unção, determinação e fé, pois teríamos uma luta espiritual pela frente. Comecei a falar para aquela irmã que Jesus havia lhe trazido ali para poder operar em sua vida. Ela concordou, disse que estava de passagem por ali, e que ouvindo o som das musicas (mesmo sendo de origem hispânica) ela podia entender o significado das musicas e uma paz via sobre ela. Ela afirmou ter sentido algo dentro dela que a levou até ali. Enquanto o tecladista tocava numa unção tremenda e eu ali sentindo a presença de Deus cantando, pedi que ela viesse até a frente para receber uma oração. Fiz o apelo e ela aceitou Jesus, na oração de confissão perceber que haviam espíritos malignos dentro dela que a impediam de confessar. Foi quando dei dois passos para trás, e comecei a louvar ao Senhor em cânticos espirituais espontâneos. Imediatamente aquela pessoa caiu endemoniada e começava a se rastejar pelo chão como uma cobra que teve sua cabeça pisada e destruída. Impus as minhas mãos sobre ela e expulsei toda as trevas no nome de Jesus. Isto é uma prova real que o louvor é uma arma de libertação, de milagres, de renovação e restauração de vidas. É preciso ver de verdade o louvor operar e nem sempre o mover está nas canções em si, na melodia, no coral de vozes nem no som dos instrumentos, mas o mover de Deus no louvor se percebe, se vê, que é nos momentos de ministração espiritual e musical dos cânticos que acontecem coisas tremendas. Cante várias vezes o refrão daquela musica de adoração que a congregação tanto gosta. Cada vez mais suave, 1, 2 , 3, 4 vezes, sem pressa, peça ao povo que comece a orar em voz alta, que comece a agradecer, que o vocal do grupo comece a glorificar ao Senhor, comece a cantar cânticos novos e deixar que o louvor a Deus contagie toda a congregação.

LIDERANÇA

É fundamental que exista um líder a frente de um grupo de Louvor. Este tem que acima de tudo ter um Espírito de humildade, de união e de adorador. Geralmente quem assume esta posição é o Ministro(a) de Louvor. É aquela pessoa que ministra os cânticos, que canta e se comunica com a congregação durante o período de louvor. Muitas pessoas acham que esta pessoa tem que ter um curso superior, que tem que ter diploma e participado de Seminários Teológicos e de Música. Eu penso assim também, mas acho que isso não deve ser determinado, obrigatório e exigido. O Ministro de Louvor tem que Ter em primeiro lugar o dom, o chamado para ser Ministro de Louvor, muitas vezes essa pessoa nem mesmo sabe tocar um teclado, guitarra, não sabe ler partitura e cifras. Ela sabe sim, cantar com júbilo e adoração, gosta de Louvor, de música gospel e alem de tudo tem o dom de se comunicar bem e compor cânticos. A verdadeira escola está na prática, no aperfeiçoamento, do treinamento específico e na força de vontade e determinação que vem do Espírito Santo. Ser líder é saber manter todo o grupo em união, em júbilo. É saber dividir as responsabilidades com as pessoas certas. É manter a organização em geral, a decência, é saber ouvir e reconhecer que estamos tratando de seres humanos, portadores de opiniões e sentimentos. Um grupo de Louvor tem que ter reuniões freqüentes. Pelo menos uma vez por mês reserve um tempo para que todo o grupo possa se reunir, e após uma oração feita por cada um, de mãos dadas, cada membro possa dizer aquilo que está achando de positivo no grupo e também aquilo que se pode melhorar. É uma reunião para buscar novas metas, para melhorar a performance do grupo e não uma reunião de críticas. Sempre olhando para frente, para Jesus, o autor e consumador da nossa fé. O Líder tem que sempre anotar os pontos principais da reunião para apresentar ao grupo, tem que estar sempre buscando alcançar novos degraus. Renovar o repertório dos cânticos, cuidar para que tudo ocorra bem, orar para que Deus envie os músicos que ainda faltam, que envie também pessoas capacitadas para a obra do louvor no vocal e instrumentos. Há sempre espaço para mais um no grupo de Louvor, a não ser que seu grupo já tenha uma orquestra toda formada, é claro. No entanto não se pode Ter mais que dois tecladistas, pianistas e um baixista tocando ao mesmo tempo. Se houver muitos músicos em sua Igreja, é válido a opção do Líder de selecionar novos grupos, e permitir que estes apresentem também freqüentemente, caso se observa uma boa e positiva atuação. O Líder do Grupo tem que ter a visão do Louvor, tem que manter todo o relacionamento do grupo em si, do grupo para com seu Pastor, e do grupo para com a Igreja em perfeita harmonia. O Louvor é realmente muito visado pelo povo e também pelo Inimigo. Dizem que depois do Pastor Presidente da Igreja, o inimigo tem mais ódio e perseguição pelo líder do grupo de Louvor. Esses são seus dois alvos principais. Ser líder é não somente saber liderar e se comunicar bem, é ter um chamado, uma determinação: Ser um vaso de honra nas mãos do Senhor. É uma benção de Deus ser o Ministro(a) de Louvor na congregação. É um cargo visível, que está no campo em que todos gostam: Cânticos de Louvor e Adoração. É muito bom mesmo estar no púlpito, ser um verdadeiro Sacerdote, um ministrador de bênçãos no louvor, ver a Igreja louvando, pessoas glorificando, chorando e sendo restauradas. É muito bom mesmo saber que se tem o controle do grupo, das decisões, do fluxo musical nos louvores. O Líder tem a condição de implantar seu próprio estilo, gosto e visão. É uma benção de Deus, mas por outro lado, a palavra de Deus diz: "A quem muito é dado, muito se lhe será cobrado" Qualquer erro, falha, pecado e desobediência de um Líder de Louvor, pode manchar toda a credibilidade do Ministério em Geral. Existe um preço a pagar. O Preço da olaria de Deus. Peça ao Senhor o dom da sabedoria, o da humildade, coloque-se nas mãos do Senhor e peça a ele que molde sua vida e caráter. Confie sempre Nele. Saiba que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus e são amados por ele. Seja um Líder de verdade, seja respeitado, reconhecido, e sempre pergunte aos irmãos (as) o que eles mais gostam na performance de grupo, peça ajuda ao seu Pastor, e reconheça o Senhor em todas as suas atitudes e palavras colocando-o sempre em primeiro lugar. Tome as decisões certas e prudentes, sempre em acordo com o Pastor, e saiba separar amizade de profissionalismo. Tem líderes que não sabem falar não, outros não sabem falar sim. Seja um que sabe harmonizar tudo com a sensatez e prudência. Reuna com o grupo e seja sincero, aberto, educado, conte a eles as dificuldades, os planos, peça ajuda e oração, e nos momentos de mais luta e tribulação convoque um jejum geral de todos os participantes do grupo. Ore sempre de mãos dadas e dê a oportunidade aos membros de orarem e pedirem as bênçãos de Deus. Olhe nos olhos. Ouça muito e fale pouco. Todos os seus passos, palavras e atitudes estão sendo vigiados, anotados. E que para Glorificar o nome de Jesus na sua vida, seja um líder cheio do poder de Deus, da ousadia e intrepidez na palavra. Tenha uma vida diária de oração e comunhão com Jesus e verá que seu desempenho como Ministro de Louvor, Servo de Deus e irmão em Cristo vai ganhar novos rumos. Deus te escolheu, Jesus te ama e conta com você e o Espírito Santo te capacita mesmo.

FORMANDO UMA EQUIPE

Formar uma equipe de Louvor é o mesmo que formar um Ministério de obreiros dentro da Igreja, o mesmo deve ser tratado e encarado como algo de extrema importância. É de fundamental necessidade, antes de escolher as pessoas para compor um grupo de louvor, o líder ou Ministro de Louvor junto com o Pastor da Igreja, jejuar e orar fortemente para que a escolha não seja precipitada, pessoal ou fora da vontade de Deus. Todo cuidado é pouco, pois uma escolha errada sempre traz grandes e perigosos problemas no futuro, não somente para o desempenho do grupo de louvor mas também para todo o crescimento da obra local, e saúde espiritual do corpo de Cristo. É preciso ter a sensibilidade, discernimento e técnica necessária para estar em primeiro lugar escolhendo pessoas que tem o chamado para o Louvor, isto é, Levitas consagrados e chamados pelo Senhor. Muitas vezes por a Igreja estar iniciando, Pastores ou lideres de Louvor chamam qualquer pessoa que aparece na Igreja que demonstra gostar de louvar, tocar ou cantar. Muitas vezes aparecem irmãos(as) que sabem tocar ou cantar muito bem , e pelo empolgamento colocam na frente da batalha sem orar, averiguar e descobrir como anda a vida espiritual dos mesmos. Todo o obreiro deve primeiramente ser testado, para depois ser consagrado e chamado para a obra, e isto sempre deve ser feito também na escolha dos componentes do grupo de Louvor. Existem milhares de grupos de louvor que erraram nesta formação inicial e hoje passam tremendas lutas e provações porque colocaram pessoas sem o chamado para o Louvor, e agora estes estão sendo como que pedra de tropeço. O Louvor nunca crescerá dessa maneira, o desempenho sempre ficará estagnado, a obra do Senhor terá dificuldades, e principalmente o mover de Deus nunca fluirá durante o Louvor da maneira que Deus quer, tudo isso por uma mal escolha. Deus desde os primórdios Deus separou um povo exclusivo para louvar- Os Levitas, (Nm 1:50 . Nm 3:6 e 7 .I Cr 23:30) e hoje não é diferente. É realmente algo muito delicado a formação de uma equipe de Louvor. É algo que antes de mais nada é preciso muita oração e revelação de Deus. A maneira certa para a escolha vem de joelhos dobrados, vem de lágrimas sinceras derramadas nas madrugadas e até mesmo de auxilio de profissionais nesta área. Uma escolha errada mata espiritualmente não somente a performance do grupo, mas principalmente a pessoa que não tem chamado para o Louvor. Leia Números 1:51 e verá que Deus disse e determinou: "O estranho que se aproximar morrerá". Que coisa séria, e que muitas vezes é tratada de qualquer maneira por muitos lideres. Sabedores também que Deus não chama apenas os capacitados , mas que capacita os chamados por ele, temos que analisar o caráter do escolhido(a) para o Louvor. Se este irmão(a) tem uma personalidade que permite liderar, se este tem espirito de submissão, se sabe ouvir, se sabe mesmo contra sua vontade seguir o conselho e acatar com a decisão do Pastor ou Líder. Saiba que é preciso ser em primeiro lugar servo de Deus e do corpo de Cristo para fazer parte de qualquer cargo ministerial na Igreja, pois os que não tem chamando geralmente nunca concordam com as decisões dos lideres, tem caráter difícil, e não demonstram os frutos do Espirito que é necessário para trabalhar na seara do Senhor. E o pior é que quando se coloca tal pessoa no grupo de Louvor, para depois tirá-la do grupo é muito difícil, pois o mesmo(a) poderia até mesmo por rebelião sair da Igreja e se afastar dos caminhos do Senhor. Que perigo!!! Que situação!!! O que fazer? Em primeiro lugar como disse orar muito antes de tomar qualquer decisão. Para cantar ou tocar num grupo de Louvor é preciso ter chamado e não qualidade vocal e instrumental. Pois Deus vai capacitando os chamados a cada dia. É preciso também treinar, tomar aulas e se aperfeiçoar, pois sem isso, mesmo o que é chamado nunca irá muito longe em seu ministério de Louvor. O Cantor(a) tem que pegar aulas de canto, o instrumentista aula com professores ungidos para que cada um cresça em sua área. Pois Deus tem seus professores que são usados exatamente para este propósito: o de ensinar, aprimorar e aperfeiçoar os chamados de Deus. Essa história que os Levitas já nascem sabendo é errônea, pois embora sejam escolhidos desde o ventre, isso não quer dizer que não precisam de auxilio, técnica e aulas de ensino. Saiba que os escolhidos aprendem fácil e os que não são levitas demoram muito para apreender, quando estes chegam e conseguem aprender algo. Lembro-me de quando meu Pastor me chamou para liderar o louvor que estava iniciando em nossa Igreja. Que coragem!!! Eu era desafinado, achava que não sabia cantar ( e até hoje reconheço que preciso aprender muito mesmo) e mesmo assim ele acreditou em min, dando o voto de confiança e cobrindo minha vida de orações. Quando olho para trás vejo que o Pastor Maciel Figueiredo teve antes de mais nada muita ousadia por esta escolha. Mas por ser um servo de Deus, este Pastor me escolheu por ter sentido de Deus uma vocação em min para esta obra. Eu era como Davi, que mesmo pelo seu pai era desprezado e ninguém reconhecia seu valor. Na escolha para o Rei de Israel , Davi foi o último a ser apresentado ao Profeta Samuel. Nem mesmo o próprio Pai de Davi acreditava que ele teria o valor necessário para ser Rei. Mas Davi era o escolhido. Muitas vezes os escolhidos estão nos bancos das Igrejas, e os que não tem o chamado para o Louvor estão na frente da batalha, enfraquecendo o corpo de Cristo e atrapalhando o mover do Espirito Santo durante o Louvor. Que realidade triste!!! Formar uma equipe de louvor é uma benção de Deus quando acertamos na escolha. Pois a Igreja notará o crescimento do mesmo e sentirá que o Espirito Santo de Deus está capacitando cada um, e que o entrosamento está chegando, que a união é visível e real, que as vozes do coral estão se encaixando e a harmonia musical é notável e sensível. Isto é prova de escolha certa. A Igreja sempre será o termômetro que medirá a o fluxo espiritual no Louvor. Se a Igreja louva de coração, em Espirito e em verdade, se a Igreja chora no poder de Deus, se almas são libertas no poder do Louvor, se acontecem salvação de vidas nos cultos, saiba , o grupo de Louvor de sua Igreja está no caminho certo. Aleluias!!! Que maravilha é tal grupo de Louvor. Este é o papel de um grupo ungido: restaurar vidas, libertas os cativos, salvar os perdidos, e preparar os corações, almas e Espíritos dos membros para ouvir a Palavra de Deus

COMO COMPOR CÂNTICOS AO SENHOR "Cantai ao Senhor um cântico novo, Cantai ao Senhor porque é Digno de Louvor" (Salmos 96:1 e 4 ) Comece lendo o livro de Salmos, naqueles momentos seus de mais comunhão e intimidade com o Senhor, e ao escutar uma música cristã instrumental tocando suavemente no fundo tente fechar os seus olhos e comece orando ao Senhor em forma de cânticos, solte-se na presença do Espírito Santo e deixe Ele colocar em seus lábios cânticos novos, que Ele possa tomar todo o seu ser, e levar-te a adorá-Lo de uma maneira maravilhosa, sincera, ao ponto de haver uma comunicação entre você e Deus e vice-versa. Abra mesmo seu coração e cante ao Senhor o que de mais profundo existe dentro de você. Pois quando nos entregamos e temos comunhão com o Senhor, sabemos que naquele momento podemos realizar grandes coisas, e uma delas, é compor cânticos novos, assim como Ele próprio nos pede: "Cantai um cântico novo" Só não esqueça de gravar antes qualquer experiência como esta, pois você certamente vai querer lembrar de como cantou aquela música, você até dirá: Puxa, e ficou tão bonito, não acredito que foi eu que fiz isto! 

 A IMPORTÂNCIA DA TÉCNICA PARA O LEVITA

Mas, o que é técnica, prá que serve, em que ela pode contribuir para a nossa vida. É o que nós vamos ver agora. 1. O Que É Técnica? Segundo o dicionário técnica é o lado material de uma arte ou ciência. É a prática, norma, é a especialização. Em suma, técnica é o estudo de determinada matéria. Um exemplo prático no Louvor são os músicos: eles estudam seus instrumentos em um determinado período para poder exercer suas funções dentro do Ministério de Música. Quanto mais conhecimento tiverem, melhor será o nível do Grupo de Louvor. 2. Para Que Serve? Ela nos serve para aprimorarmos os conhecimentos de determinado assunto. É através dela que desenvolvemos a prática. 3. Como Ter Acesso? Através de escolas especializadas. Em qualquer área que você queira atuar, terá uma pessoa ou um grupo especializado para poder ensiná-lo. Esses mestres também já passaram por isso e continuam sempre se aprimorando para poder dar o melhor nas suas profissões, sejam elas dentro ou fora do Ministério. 4. Em Que Ela Contribui Na Nossa Vida? Todo trabalho de ensino exige da pessoa dedicação. Essa dedicação só é exercida através da disciplina. A disciplina é acima de tudo o respeito que nós temos pelos nossos mestres. A disciplina gera na pessoa humildade e também submissão que é importante para podermos crescer dentro de qualquer área. Para o cristão e acima de tudo o Levita a submissão e a humildade em reconhecermos a liderança do Ministério, dos Pastores na Igreja faz com que o Espírito Santo possa atuar forma mais intensa através de seus membros dando-lhes profecias, curas, libertação e muito mais. A unção do Espírito pode aparecer mais claramente dentro da Igreja. Lembremos que vários profetas no Antigo Testamento também obtiveram êxito no seu Ministério através de uma preparação específica, ou seja, trabalharam para que Deus pudesse usá-los para fazer seus grandes feitos entre o seu povo. Até Jesus Cristo, na sua infância, foi preparado para iniciar sua vida pública e este é o maior exemplo de disciplina e humildade que podemos ter. Portanto irmãos, basta seguirmos o caminho que Ele nos deixou e termos fé que o Espírito Santo agirá através de cada um para que a obra do Senhor não pare por falta de pessoas. Jesus Cristo começou sua vida pública aos 30 anos e passou 40 dias no deserto sendo tentado por Satanás antes de morrer e ressuscitar. Moisés passou 40 anos no deserto se preparando para a grande obra que Deus faria através dele: libertar seu povo do Egito. A nós só cabe perseverarmos na nossa preparação até o momento que Deus lhe pergunte: “Você está pronto prá Batalha?” e nós possamos dizer: “Sim Mestre, eis-me aqui”. Mas para isso devemos ser disciplinados, quebrados e deixarmos Deus trabalhar nas nossas vidas. Lembre-se: Deus dará todas as oportunidades para que você cresça em Espírito e também no conhecimento dos talentos que Ele te deu quando nasceu e a nós cabe-nos não desperdiçá-las alegando falta de tempo ou cansaço. Asaph Borba nos coloca que Deus chama a todos para a sua obra. Poucos são escolhidos porque não dedicam seu tempo para o propósito de Deus na sua vida. Seja um escolhido de Deus. Empenhe-se nos estudos. Deixe o Espírito Santo trabalhar na sua vida e que Deus o abençoe no seu Ministério... Nas Igrejas, normalmente os levitas dedicavam seu louvor e adoração ao Senhor sempre pensando que unção do Espírito Santo por si só já era o suficiente. Ledo engano. A Unção realmente é necessária para que o Espírito Santo se manifeste em nós através do Louvor e Adoração a Deus. Mas, será que a nossa dedicação ao Ministério também não conta!? Será que o nosso esforço de melhorar cada vez mais através do estudo da Palavra, ao que conta no crescimento espiritual, como também o estudo técnico para um melhor conhecimento e domínio daquilo que temos em nossas mãos não conta para darmos o melhor de nós a Deus!? Diante de tal pergunta, quero mostrar um pouco da necessidade de estudarmos os padrões técnicos no Ministério de Louvor e Adoração.

QUALIDADE TÉNICA DO LOUVOR É IMPORTANTE: Você já imaginou cantar músicas de Louvor e Adoração sem ter feito um ensaio prévio, sem ter sido preparado uma harmonia, sempre tocando aquele “feijão com arroz” como determinados Ministérios de Música em algumas igrejas fazem? Será que Deus se agrada disso? Todos nós que somos chamados pelo Senhor a algum Ministério, devemos ter em mente 3 coisas importantes: 1. Deus nos chamou e devemos dedicar tempo ao Ministério a que fomos chamados: nesse tempo, além de orarmos para pedirmos que Deus nos dirija através do Espírito Santo, devemos também dedicarmos tempo para o estudo. Nesse período devemos ter acima de tudo disciplina que é a essência do aprendizado para depois termos Decisão naquilo que faremos durante o Louvor. 1. Devemos nos dedicar cada vez mais através de treinamento para podermos levar ao Senhor o melhor que podemos dar através daquilo que cantamos ou tocamos. Os ensaios também são muito importante: devemos ensaias exaustivamente até termos a música exatamente como ela é... 3. Deus exige que tenhamos habilidade ou seja, toquemos bem o instrumento: em Sm 16.17-18 vimos que o Rei Saul pede que tragam diante dele um “homem que toque bem” para afastar um espírito maligno que o possuía. Esse “homem” era Davi. Podermos ver que Deus só se agrada daqueles que aprimoram suas habilidades para levar diante do Senhor tudo o que temos. Os talentos são dados por Deus quando nascemos, não para que o enterremos, mas para que o façamos crescer em nós para depois dá-los ao Senhor com juros. E o Senhor se agradará de nós.. O Sl 33,3 nos diz: “Cantai-lhe um cântico novo, tocai bem e com júbilo”.

A TÉCNICA NOS LEVA A SERMOS MESTRES

Vemos no livro de Crônicas que os levitas representavam os músicos (I Cr 15.22; 16.4-5 e que eram escolhidos por Deus pela sua habilidade (I Cr 15.16-19) e consagrados, isto é, viviam exclusivamente para levar o povo de Deus em adoração. Isto nos leva a termos consciência do nosso chamado como verdadeiros adoradores, sermos cheios do Espírito Santo e sermos comprometidos com a Igreja local e a sua missão. Todo este comprometimento com a obra nos leva a sermos mestres, ou seja, que tudo aquilo que aprendemos devemos passar aos futuros Ministros. Por fim, levantamos discípulos para que a obra do Senhor não pare na Igreja devido à nossa falta de conhecimento ou por sermos relapso com o Ministério. O Senhor mesmo disse “levantai discípulos”. Mas para isso devemos ter total consagração ao Ministério e ao Senhor. Lembre-se: quando levantamos discípulos traremos unção dobrada à Igreja. Isto é um pouco daquilo que quero passar aos Levitas de outras Igrejas. Benê Gomes outro dia disse que a técnica é como um copo d’água e a unção a água. Bem, se o copo for pequeno, a unção será pouca. Mas se o copo for maior, a unção também será cada vez maior e maior. Quanto maior for o copo, mais cheia da unção ele ficará. Por isso irmão, lembre-se: Deus usará você com aquilo que você tem. Se você não procurar aumentar o que você tem, de nada adiantará. Você será substituído por outro que esteja melhor preparado. Mas, o Senhor é fiel àquele que se dedica à sua obra. Por isso, seja um levita legítimo e seja substituído não pelo seu relapso, mas sim por ter levantado discípulos com unção dobrada dentro da Igreja a que congrega e o seu galardão no céu será grandioso na presença do Senhor. “Louvai ao Senhor ao som da trombeta, com o saltério e a harpa. Louvai ao Senhor com o adufe e a flauta, com instrumentos de cordas, com síbalos sonoros e vibrantes. Todo ser que respira, louve ao Senhor.” Sl 150.3-6

 

*Apos o termino do seu estudo, voce pode solicitar sua credencial de Ministro de Louvor pela UNIT INTERNACIONAL. Entre em contato e saiba mais informações.